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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Modernismo: Artes Plásticas



O Modernismo brasileiro foi um movimento cultural que influenciou fortemente a sociedade na primeira metade do século XX. A primeira fase do Modernismo expõe uma tentativa de definição das tendências culturais e artísticas. Esse movimento propõe o rompimento dos padrões rígidos e caminha para uma criação mais livre, uma reação às escolas artísticas do passado.
Considera-se a Semana da Arte Moderna, realizada em 1922, como ponto de partida do Modernismo. Devido à necessidade de definições e de rompimento com todas as estruturas do passado, foi a fase mais radical, assumindo uma busca pelo nacionalismo, originalidade, volta às origens e valorização da língua que o povo falava. O nacionalismo era crítico e ao mesmo tempo ufanista e exagerado.
A defesa de um novo ponto de vista estético e o compromisso com a independência cultural do País, faz do modernismo sinônimo de um novo estilo. Seus idealizadores defendem a assimilação das tendências do mundo para misturá-las com a cultura nacional, originando uma arte ligada a realidade brasileira.
Apesar da força literária do grupo modernista, as artes plásticas estão na base do modernismo. A artista plástica Tarsila do Amaral e o escritor Oswald de Andrade lançam em 1925, logo após a semana da Arte Moderna, o Manifesto da Poesia Pau Brasil que enfatiza a necessidade de criar uma arte baseada nas características do povo brasileiro. A pintora produz obras emblemáticas das preocupações do grupo modernista e introduz a pintura de paisagens nativas, cores puras e formas definidas, frutas e plantas tropicais com formatos geométricos e figuras diferenciadas em atmosferas “surrealistas”.


Referencia Bibliográfica: http://letrasanhangueradf.blogspot.com.br/2010/11/o-modernismo-e-as-artes-plasticas.html

Wilhelm Haarberg



Escultor, desenhista, restaurador e professor. Wilhelm Haarberg (1891: Kassel, Alemanha – 1986: Alemanha).
1920-25 – Residiu em Săo Paulo e aproximou-se do escritor e crítico de arte Mário de Andrade, que o caracterizava como um escultor da escola expressionista alemă que incorporara traços arcaizantes aos seus trabalhos; durante o período em que viveu na capital paulista, ministrou aulas de plástica para crianças na Escola Alemă.
1922 – Participou da famosa Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de Săo Paulo, quando apresentou cinco trabalhos em madeira, material de sua preferęncia.
1923 – Participou de uma mostra coletiva de artistas alemăes radicados em Săo Paulo, evento que se repetiu em 1925.
A escultura Măe e Filho, pertencente ao Instituto de Estudos Brasileiros da USP, é, possivelmente, sua única obra que permanece no Brasil.

Hildegardo Leão Veloso


Hildegardo Leão Veloso, escultor brasileiro (Palmeiras, SP, 1899 - Rio de Janeiro, RJ, 1966). Autor de vários trabalhos premiados. De sua obra destacam-se monumentos ao almirante Tamandaré (no Rio de Janeiro) e a Getúlio Vargas (em Laguna, SC).
Estudou escultura e modelagem com Rodolfo Bernardelli, no Rio de Janeiro. Assinava as suas obras como H. Leão Veloso.
Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, com outros escultores como Victor Brecheret e W. Haerberg, embora a sua obra não apresente traços do modernismo.
De reconhecido valor artístico, exerceu a livre-docência da cadeira de escultura da antiga Escola Nacional de Belas Artes, a partir do ano de 1950.
Obras 
Em 1925, com o francês Jean Magrou elaborou as esculturas esculpidas em mármore de Carrara que adornam os túmulos de D. Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina, na Catedral de Petrópolis.
Monumento ao Senador Pinheiro Machado - Ipanema, Rio de Janeiro.
Em 1931, foi o escultor da imponente obra dedicada ao Senador Pinheiro Machado, na Praça Nossa Senhora da Paz, por encomenda da Câmara dos Deputados.
Foi o autor da estátua eqüestre do General Osório, inaugurada na Praça da Alfândega, em Porto Alegre, no ano de 1933.
Autor do projeto vencedor da estátua do Almirante Marquês de Tamandaré, Patrono da Marinha do Brasil, cuja cerimônia inaugural ocorreu em 28 de dezembro de 1937, na Praia de Botafogo, no Rio de Janeiro.
Em Santa Catarina , por encomenda do Governador Nereu Ramos, o escultor entregou em 1943 as obras que adornaram o túmulo do poeta Cruz e Sousa e, em Laguna, o monumento de 11,5 metros de altura em homenagem a Getulio Vargas.
O Presidente Juscelino Kubitschek inaugurou em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, a 27 de janeiro de 1957, outro monumento de sua autoria dedicado ao Presidente Vargas.
É ainda de sua autoria a estátua de Clóvis Beviláqua, situada na praça homônima, no centro de Fortaleza, Ceará.

Vencedor do concurso internacional para o panteão do General Urquiza, fez inúmeros bustos, entre eles os de Rui Barbosa, Aurelino Leal e Jackson de Figueiredo, entretanto, a falta de dados, faz com que os estudiosos não saibam ao certo o número de obras apresentadas pelo escultor.

John Graz



John Louis Graz foi um pintor, ilustrador, decorador, escultor e artista gráfico. Foi um dos precursores do movimento modernista, junto com Lasar Segall, Anita Malfatti e Victor Brecheret. Além de pintar intensamente, dedicou-se paralelamente à execução de projetos de interiores e decoração de residências paulistanas. No design, a marca do artista foi a integração dos elementos. John Graz concebia o ambiente como um todo: o mesmo conceito estendia-se de painéis pintados a móveis, objetos, iluminação e jardins.
Sua pintura de então apresentava um paralelismo entre o tratamento de cores do pós-impressionismo tardio e técnico e o desenho preciso e anguloso, de forte apelo gráfico, espelhando sua habilidade de cartazista. Este componente é marcado pelo desenho de angulosidade e precisão da Secessão de Munique, onde ganhara vários prêmios, entre 1910 e 12. Trata-se do elemento moderno e atraente para o ambiente paulistano; quanto a isso escreve Claro Mendes em Papel e Tinta , em junho de 1920: ” John Graz, reputado na Europa pelos seus admiráveis vitrais e pela moderníssima composição de seus quadros é um elemento que a nossa capital devia aproveitar para a definitiva formação de nossa cultura”.

Vicente do Rego Monteiro


Vicente do Rego Monteiro é um precursor dos ideais da Semana de 22 propostos por Mário de Andrade - desde 1920 sua pintura tem linguagem contemporânea, além de elementos resultantes da pesquisa da temática indígena brasileira. Seus quadros utilizam imagens mitológicas, de conteúdo mágico ou sagrado, que misturam-se com tradições da arte pernambucana, barroca, marajoara, além de apresentarem forte influência do cubismo da Escola de Paris.

Artista múltiplo, Vicente do Rego Monteiro foi na prática um dos precursores do Modernismo Brasileiro, dando atenção aos temas nacionais sem seguir prerrogativas e sim seu próprio instinto. Foi responsável pela divulgação dos ideais das Vanguardas no Brasil, no setido em que pode colocar muitos artistas que não tinham condições de ir a Europa em contato com as obras dos grandes artistas da época.
Em 21, retorna a Paris, deixando dez obras para serem expostas na Semana de Arte Moderna, no ano seguinte.


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Abaporu: Tarsila do Amaral


Abaporu é uma clássica pintura do modernismo brasileiro, da artista Tarsila do Amaral. O nome da obra é de origem tupi-guarani que significa "homem que come gente" (canibal ou antropófago), uma junção dos termos aba (homem), pora (gente) e ú (comer).
A tela foi pintada por Tarsila em 1928 e oferecida ao seu marido, o escritor Oswald de Andrade. Os elementos que constam da tela, especialmente a inusitada figura, despertaram em Oswald a ideia de criação do Movimento Antropofágico. O Movimento consistia na deglutição da cultura estrangeira, incorporando-a na realidade brasileira para dar origem a uma nova cultura transformada, moderna e representativa da nossa cultura.

Referencia Bibliográfica: http://www.significados.com.br/abaporu/

Tarsila do Amaral

Novamente, as "tracinhas" famosas do Traçando Arte vieram falar sobre uma artista do movimento modernista, Tarsila do Amaral, segue abaixo o vídeo.  Neste, eles explicam a famosa obra de arte: Abaporu.



Principais Artistas Plásticos Brasileiros (década de 20)


Tarsila do Amaral (1886-1973) – A Negra (1923); Abaporu (1928)
· Victor Brecheret (1984-1955) – Eva (1920); Cabeça de Cristo (1920);
· Emiliano Di Cavalcanti (1987-1976) – Morro (1929)
· Antonio Gomide (1895-1976) – Paisagem com Barcos (1923)
· Ismael Nery (1900-1934) – Eva (1925); Nu (1927); Nu Cubista (1927); O Encontro (1928)
· Vicente do Rêgo Monteiro (1899-1970) – Menino Nu e Tartaruga (1923); Flagelação (1923); Atirador de Arco (1925)
· Lasar Segall (1891-1957) – Paisagem Brasileira (1925); Bananal (1927)

Victor Brecheret: Escultor

Victor Brecheret foi um importante escultor ítalo-brasileiro do século XX. É considerado um dos principais representantes da Arte Moderna no Brasil. Teve importante participação, expondo esculturas, na Semana de Arte Moderna de 1922. Grande parte de suas esculturas está exposta em locais públicos, principalmente na cidade de São Paulo. O Monumento às Bandeiras, exposta no Parque do Ibirapuera (zona sul de São Paulo), é uma de suas obras de arte mais conhecidas. Durante sua vida artística ganhou vários prêmios nacionais e internacionais de arte, comprovando seu grande talento artístico.





Vinte esculturas de sua autoria fizeram parte da Semana de Arte Moderna de 1922, sendo expostas no Teatro Municipal de São Paulo.

Referencia Bibliográfica: 
http://www.suapesquisa.com/quemfoi/victor_brecheret.htm

Semana de Arte Moderna de 1922: Artes Plásticas


Na pintura em especial esses artistas chamados também de futuristas estavam antenados com as novas vanguardas europeias mais com um importante interesse em fazer desse momento um acontecimento onde expressasse uma arte totalmente brasileira. Di Cavalcante que levou para as telas a favela, os mangues, as festas populares e após a semana a pintora Tarsila do Amaral buscaria re-descobrir o Brasil com sua fauna, flora, cores, mas também com suas máquinas, trilhos e fábricas,
Na arquitetura o interesse em romper com as formas tradicionais. Buscando inspiração na arquitetura pré-colombiana e mesopotâmica como o “poeta das pedras” Antonio Garcia Moya e entre outros que releram obras e manifestações com um olhar brasileiro, no caso do Goya trazendo um olhar mais sul-americano.
Na escultura artistas como Victor Brecheret trazia o interesse em realizar experimentos estéticos que ligavam a escultura vernacular indígena brasileira com as experiências que desenvolveu na Europa.

Referencia Bibliográfica: http://www.arquitetonico.ufsc.br/semanade22

Anita Malfatti

O vídeo abaixo (Programa Traçando Arte - Anita Malfatti, da TV Cultura), traz relatos e explica a história da artista Anita Malfatti, percussora da Semana de Arte Moderna de 1922. Semana que nasce em sua essência com a volta dela ao Brasil. Inspirada pelas vanguardas modernistas europeias e propondo novas linguagens artísticas.







domingo, 15 de setembro de 2013

Di Cavalcanti



Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, filho de Frederico Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Rosalia de Sena, nasceu em 1897, no Rio de Janeiro, e faleceu em 1976 naquela mesma cidade. Seu talento artístico começara em 1908, em São Cristóvão, bairro de classe média para o qual a família se mudara.

Di Cavalcanti foi um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna, participando da criação dos catálogos e dos programas, além de ter exposto doze pinturas. 

Ilustrou numerosos livros, entre os quais: Carnaval, de Manuel Bandeira, 1919; Losango Cáqui, de Mario de Andrade, 1926; A Noite na Taverna e Macário, de Alvares de Azevedo, 1941.
Na ilustração acima, Di Calvacanti demonstrou uma de suas características: esculachar as mulatas, retratando-as com corpos exagerados. A mesma, foi feita para a obra Gabriela - Cravo e Canela de Jorge Amado. 

Referências bibliográficas: http://www.e-biografias.net/di_cavalcanti/

do modernista Jorge Amado.